segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Patrick Swayze (Ator de Ghost - o outro lado da vida)



Patrick Wayne Swayze (pronuncia-se sweɪziː; Houston, 18 de agosto de 1952 — Los Angeles, 14 de setembro de 2009) foi um ator, dançarino, cantor e compositor estadunidense.

Começou sua carreira como bailarino clássico, interrompendo-a por problemas recorrentes de lesões originadas na juventude pelo futebol americano. Decidiu então priorizar sua carreira como ator.

Estrelou filmes de sucesso como Ghost, Dirty Dancing, Donnie Darko, Caçadores de Emoção e Crepúsculo de Aço. Seu último trabalho foi como "Charles Barker", um agente do FBI, na série The Beast. Foi nomeado em 1991, pela revista norte-americana People, como o "Homem mais sexy do mundo".[carece de fontes?]

Patrick Swayze sofria de câncer no pâncreas, e faleceu na noite do dia 14 de setembro de 2009 ao lado da família.


Vida pessoal
Patrick Swayze nasceu em Houston, Texas, filho de Patricia "Patsy" Yvonne Helen, coreógrafa, instrutora de dança, e dançarina - e Jesse Wayne Swayze. Embora o sobrenome "Swayze" seja de origem francesa, é sobretudo de ascendência irlandesa. O irmão dele, Don Swayze, também é ator.

Até os 20 anos, Swayze vivia no bairro de Oak Forest, Houston, onde estudou em Santa Rosa de Lima, Escola Católica. Durante este tempo, desenvolveu múltiplas habilidades artísticas e desportivas, como patinagem no gelo, balé clássico, e representação. Estudou ginástica na vizinha San Jacinto College, por dois anos. Em 1972, mudou-se para Nova York para completar sua formação formal de dança no Ballet Harkness e Joffrey Ballet. A escola de dança da mãe de Patrick Swayze realmente foi o amuleto da sorte do ator. Além de ter dado uma carreira de sucesso para o filho, a professora Patsy Swayze também foi o cupido da relação de Patrick com uma das suas alunas, na época com 15 anos de idade, Lisa Niemi. Casados desde o dia 12 de Junho de 1975, o casal não teve filhos.

O ator Patrick Swayze morreu no dia 14 de Setembro de 2009, aos 57 anos, após uma batalha de quase dois anos contra um câncer no pâncreas. Antes de saber da doença, o ator disse que num primeiro momento pensou estar a sofrer de indigestão crônica. Quando os sintomas pioraram, ele procurou seu médico. Foi feita uma biópsia, e o diagnóstico foi câncer.

Sua assessora de imprensa, Annet Wolf, confirmou a morte do actor de "Dirty dancing" e "Ghost" e disse que ele estava ao lado da família.

"Patrick Swayze descansou em paz hoje, com sua família a seu lado, após encarar os desafios da doença durante os últimos 20 meses", disse Wolf, em comunicado.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

================================================================
Patrick Swayze no Óscar de 1989
Nome completo Patrick Wayne Swayze
Data de nascimento 18 de agosto de 1952.
Local de nascimento Houston, Texas, Estados Unidos
Data de falecimento 14 de Setembro de 2009 (57 anos)
Local de falecimento Los Angeles, Califórnia
Estados Unidos
Ocupação ator, dançarino, cantor e compositor
Trabalhos notáveis Ghost
Dirty Dancing — Ritmo Quente
Donnie Darko
Crepúsculo de Aço
Atividade 1978 – 2009
Página oficial
IMDb

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Paul Samuelson (Nobel de Economia)




Nascimento 15 de maio de 1915 Gary, Falecimento 13 de dezembro de 2009.

O economista americano Paul Samuelson, vencedor do prêmio Nobel de 1970, morreu ontem, aos 94 anos. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), onde Samuelson foi professor, informou que ele morreu em sua casa em Belmont, Massachusetts, depois de uma breve doença.

Samuelson foi um dos principais economistas do século XX e serviu como um conselheiro dos ex-presidentes americanos John Kennedy e Lyndon Johnson. Seu trabalho ajudou a formar as bases da economia moderna.

Ele era conhecido por seu estudo sobre a aplicação de rigorosas análises matemáticas para o equilíbrio entre preços, oferta e demanda. Seu livro ”Economia: uma análise introdutória” foi traduzido para 40 línguas e já vendeu 4 milhões de cópias desde a publicação, em 1948.

Samuelson foi o primeiro americano a ganhar um prêmio Nobel de Economia, em 1970. A Academia Sueca citou Samuelson por ter “feito mais do que qualquer outro economista contemporâneo para aumentar o nível de análise científica da teoria econômica”.

“Paul Samuelson transformou tudo o que tocou: as bases teóricas de seu campo, a maneira de abordar a economia em todo o mundo, os valores e a importância de seu departamento e as vidas de seus colegas e estudantes”, disse a presidente do MIT, Susan Hockfield.

Paul Anthony Samuelson nasceu em Gary, Indiana, em 1915. Ele se graduou na Universidade de Chicago e fez mestrado e doutorado em Harvard. Durante anos, escreveu uma coluna popular na revista “Newsweek”. Era casado e deixa seis filhos e 15 netos.

(Agência Estado)

António Sérgio (radialista)


António Sérgio Correia Ferrão (Benguela, Angola, 1950 - Lisboa, 1 de Novembro de 2009) foi um locutor e realizador de rádio português, DJ, editor discográfico, especialista e grande divulgador de música rock, pop e de vanguarda.

Percurso
Nasceu em 1950 em Angola. Começou a amar a rádio com os pais, António Joaquim dos Santos Ferrão (que utilizava o pseudónimo radiofónico de António Sérgio, em homenagem ao pensador e cooperativista com o mesmo nome) e Odete Correia Ferrão, locutores de profissão no Rádio Clube do Bié, aprendendo a técnica radiofónica desde criança. Mais tarde a família mudou-se para Lisboa, onde continuou a trabalhar na rádio (Emissora Nacional e Rádio Renascença). Estreou-se na Rádio Renascença como locutor de continuidade, em 1968. Apresentou com a mãe o programa Encontro para Dois, e mais tarde Quando o Telefone Toca (um programa diário de discos pedidos). Em 1976 criou o programa Rotação, que apresentava à noite, até ao final de 1979. Era um espaço verdadeiramente inovador de divulgação do novo rock que se fazia na época. Foi António Sérgio o primeiro a divulgar em Portugal grupos como Patti Smith, Iggy Pop, Sex Pistols, The Stranglers ou Joy Division. Além disso, trabalhou em editoras discográficas como a Valentim de Carvalho, e mais tarde na Rossil e na Nova. Foi um dos produtores do disco Música Moderna dos Corpo Diplomático (futuros Heróis do Mar). Na editora Rossil criou a subsidiária "Rotação" que lançou nomes como Xutos & Pontapés, a que ninguém na altura dava crédito.

Em 1980, mudou-se para a RDP-Rádio Comercial onde realizou e apresentou os programas Rolls Rock (1980-1982), Som Dafrente (1982-1993), Louras, Ruivas e Morenas (1984, com Ana Cristina Ferrão, sobre as mulheres na música pop) e Lança Chamas (sobre heavy metal). Em todos esses programas de alta qualidade, António Sérgio, profundo conhecedor e investigador do assunto, divulgou a obra dos melhores músicos e bandas de rock à margem do mercado convencional, particularmente na vertente "punk", "pós-punk", "new wave", "urbano-depressiva" e outros tipos de rock e pop vanguardista.


A partir de 1993 foi colaborador da estação de rádio alternativa XFM onde apresentou o programa Grande Delta. Terminada essa estação, em 1997 regressou à Rádio Comercial e à Best Rock FM onde apresentou a A Hora do Lobo. Ainda na Comercial apresentou o programa As Horas.

Recebeu um "Globo de Ouro" no ano em que esta iniciativa da SIC e da revista Caras teve uma categoria para a rádio.

Trabalhou depois com editora Música Alternativa. Chegou a escrever no "Blitz" e no "O Independente". A partir de Março de 2006 passou a trabalhar como voz-off da estação televisiva SIC.

Em 14 de Setembro de 2007, a nova gestão da Rádio Comercial resolveu dispensar os serviços de António Sérgio, por achar que o seu programa de autor não se enquadrava na convencionalidade da "nova grelha" (playlistada) e a sua voz "não servir" para o público-alvo. Tal facto gerou enorme contestação e desagrado entre os ouvintes e admiradores de António Sérgio, mas em vão. Luís Montez, seu antigo director da XFM, contratou-o então para a Rádio Radar, onde António Sérgio passou a realizar e apresentar o seu novo programa Viriato 25, a partir de 3 de Dezembro de 2007, das 23h00 à 1h00.

António Sérgio morreu inesperadamente em 1 de Novembro de 2009, aos 59 anos, vítima de uma crise cardíaca. Era casado com Ana Cristina Ferrão (sua colaboradora, autora, realizadora de rádio, tradutora, especialista de música rock e consultora informática) e pai de três filhos. A nível nacional e internacional foi um dos maiores, mais talentosos e mais cultos divulgadores de música rock e alternativa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Jamil Haddad (Ex-Ministro)




Jamil Haddad (Rio de Janeiro, 2 de abril de 1926 - Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2009) era um médico e político brasileiro. Foi deputado estadual, prefeito, senador, deputado federal e ministro da Saúde.

Médico formado pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1949, com especialização em ortopedia, ingressou na vida política em 1966, quando foi eleito deputado estadual pela aliança entre o PTB e o PSB. Reeleito em 1966, filiou-se ao MDB, mas teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos.

Em 1983, filiado ao PDT (desde 1979), foi indicado pelo governador Leonel Brizola para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo de março a dezembro daquele ano, quando renunciou, por discordar do projeto político executado pelo seu partido, que buscava maiores aproximações com o PMDB e o PTB.

Em 1985, com a eleição de Saturnino Braga como prefeito, assumiu uma cadeira no Senado na condição de suplente. Já era então filiado ao PSB, partido que presidiu entre 1986 e 1993. Em 1990, com o fim de seu mandato como senador, foi eleito deputado federal.

Em 1992, foi convidado pelo presidente Itamar Franco para assumir o ministério da Saúde, onde ampliou a abrangência do Sistema Único de Saúde e foi autor do decreto dos medicamentos genéricos. Em 1994, com o rompimento do PSB com o governo Itamar Franco, deixou o ministério.

Em 2003, já no governo Lula, assumiu a direção geral do INCA, cargo que ocupou durante cinco meses, sendo exonerado por pressões políticas.

Jamil Haddad, que tinha 83 anos, faleceu de causas naturais em sua residência no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


=====================================================================================
Ex-ministro Jamil Haddad: “O PSB é um partido limpo"
Em entrevista concedida a Roberto Amaral e ao ex-deputado federal José Carlos Sabóia, no Rio de Janeiro, Jamil Haddad fala sobre sua vida política dentro do PSB


Haddad foi criador de programas de elevado alcance social. Foto: Portal do PSB
Político combativo, corajoso e competente, o médico Jamil Haddad foi um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Criador de programas de elevado alcance social, como a implantação dos medicamentos genéricos, atualmente é o presidente de Honra do PSB.

Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1926. Elegeu-se deputado estadual pelo então estado da Guanabara, na coligação formada pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) e pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Quando os militares tomaram o poder e instauraram o bipartidarismo, em fins de 1965, Haddad filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação partidária de oposição ao regime.


Reelegeu-se deputado estadual em 1966, mas – no ano seguinte – teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos.Com a reorganização partidária de 1979, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em março de 1983 foi escolhido, pelo governador Leonel Brizola, para assumir a Prefeitura do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1985, participou da reorganização do PSB, tendo sido eleito presidente e o atual vice-presidente do Partido, Roberto Amaral, tornou-se secretário geral da sigla, no primeiro encontro nacional da agremiação.


Em 1986, Jamil Haddad assumiu a vaga deixada por Saturnino Braga no Senado. Participou, então, do processo da Constituinte, ocasião em que lutou pela inclusão da reforma agrária, pelo direito de iniciativa popular no processo legislativo e por vários direitos trabalhistas. Grande nacionalista, votou pela proteção da empresa nacional e pela nacionalização das reservas minerais. Foi um dos recordistas na apresentação de emendas aos trabalhos dos parlamentares constituintes, tendo sempre como meta a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e da soberania do País.


No ano de 1990 foi eleito deputado federal, chegando a assumir depois o Ministério da Saúde no Governo Itamar Franco (1992-1995). Sua luta pela universalização do serviço médico gratuito, público e eficiente, pela implantação do SUS (Serviço Único de Saúde) e pelo fortalecimento dos laboratórios públicos é reconhecida por todos.


Jamil Haddad dedicou toda sua vida pública às lutas democráticas em favor dos trabalhadores, contra a ditadura militar e combatendo as desigualdades sociais. Como militante, trabalhou pela reconstrução e afirmação da utopia socialista no Brasil. As declarações publicadas a seguir são trechos de um depoimento histórico, concedido recentemente a Roberto Amaral e ao ex-deputado federal José Carlos Sabóia, no Rio de Janeiro.

Confira:

INÍCIO

Jamil Haddad: Eu estava lembrando outro dia que, do antigo Partido, só eu e o Saturnino Braga estamos vivos. Nós nos elegemos a primeira vez em 1962: Saturnino deputado federal [que atualmente não está mais no PSB] e eu, deputado estadual. Eu sou da época do velho Partido: João Mangabeira, Bayard Boiteux, Hermes Lima, Barbosa Lima, lá em Pernambuco. Em São Paulo, eram o Roger Ferreira e o Antônio Cândido.
Mas o começo mesmo foi em São Paulo. Contra a ditadura Vargas, todos se uniram na antiga UDN [União Democrática Nacional]. Mas [a UDN] era um partido conservador e, então, João Mangabeira fundou a Esquerda Democrática. Também o Evandro Lins e Silva, Chagas Freitas, Rubem Braga, Joel Silveira, Jader de Carvalho e J. G. de Araújo Jorge faziam parte. Daí resolveram fundar o Partido Socialista. Isto, entre 1946 e 1947. Eu entrei para o Partido em 1953. Eu era do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina. Não quis entrar para o Partido Comunista, para onde foi a maioria da juventude da minha época: o Partido Comunista era o preferido, primeiro, pela vitória sobre o nazi-fascismo e, segundo, pela evolução da União Soviética... Não fui para o PCB porque eu nunca aceitei o centralismo democrático.

O GOLPE

Jamil Haddad: Eu me elegi em 1962 e, em 1964, veio o golpe. Estranhamente, não fui cassado. Diziam que eu havia sido colega de um dos irmãos do ex-presidente João Figueiredo, o Luís Felipe, no complementar do colégio Lafayete. Figueiredo era do SNI [Serviço Nacional de Informações, extinto órgão de inteligência do governo militar] e teria dito que eu e outros 54 políticos de oposição não fôssemos cassados... Eu não fiz campanha em 1965, achando que a candidatura seria impugnada, mas isto não ocorreu e eu me reelegi, aí já pelo MDB [Movimento Democrático Brasileiro], porque o Ato Institucional número 2 tinha acabado com os partidos. Mas, depois, acabei sendo cassado pelo AI-5, no MDB. Já não havia condições de reorganizar o Partido Socialista Brasileiro.


Depois, com a Anistia, o Leonel Brizola chegou do exílio e chamou os antigos integrantes do PSB para participarem do PDT [Partido Democrático Trabalhista]. Quando o Brizola se elegeu governador do Rio de Janeiro, me convidou para ser prefeito da capital do Estado e eu assumi a Prefeitura, em 1983. Lembro-me de que, nesta eleição para governador do Rio de Janeiro, houve uma movimentação fraudulenta para aproveitar os votos brancos e nulos e dar a vitória ao Moreira Franco. Quem teve um papel influente para perceber o que estava havendo foi César Maia, na época no PDT. Brizola chamou a imprensa internacional e foi ao Tribunal Eleitoral frustrando o esquema montado.

Na prefeitura, eu organizei e entreguei praticamente pronto o sambódromo, mudei os critérios da merenda escolar entregando direto para os diretores de escola, os CIEPs [Centros Integrados de Educação Pública] começaram a ser construídos nesta época. Em 1983, eu entreguei o cargo ao governador Leonel Brizola, que nomeou Marcelo Alencar.

A REORGANIZAÇÃO

Jamil Haddad: A possibilidade de reorganizar o PSB surgiu com uma emenda constitucional já do governo José Sarney, em 1985, possibilitando a reorganização dos partidos.

Roberto Amaral: Nesta época nós nos conhecemos. Sebastião Nery havia registrado o nome Partido Socialista e eu percebi que a emenda falava em organização e reorganização partidária. Procurei na lista telefônica o nome “Jamil Haddad” e concordamos em reorganizar o Partido. Os remanescentes do PSB invocaram a anterioridade e, assim, retomamos a legenda deste grupo de São Paulo que pretendia fundar o Partido Socialista.

Jamil Haddad: Os remanescentes foram Evandro Lins e Silva, Joel Silveira, Rubem Braga, Jader de Carvalho. Houve um problema interno, porque o Marcelo Cerqueira propôs que o PSB fosse uma sublegenda do MDB. Ele e o Milton Temer entraram no Partido nesta época. Ele era ligado ao Fernando Lyra. Havia um interesse de dar a legenda para o Jarbas Vasconcelos, que havia sido derrotado na convenção do MDB para a prefeitura de Recife, em Pernambuco. Ele havia dito que qualquer que fosse o resultado da eleição não sairia do PSB. Viemos saber de sua saída pelos jornais e tivemos uma conversa bastante dura. Havia, então, esta divergência. Eles acabaram saindo e ficamos eu, o Roberto Amaral e o Antônio Houaiss, que foi eleito o primeiro presidente. Chamamos o Ronaldo Lessa, que veio nos ajudar. Eu assumi o Senado já no PSB.

O Roberto Amaral correu o Brasil todo para conseguirmos o registro e o partido foi deslanchando. Primeiro, como partido habilitado e, depois, em caráter definitivo, em 1988. Nesta época, entraram o Mário Frota, do Amazonas, o José Guedes, de Minas Gerais, e o José Eudes, do Rio de Janeiro, que foram os primeiros com mandato de deputado federal. O Arthur Virgílio Neto, sem mandato, também entrou. Em São Paulo, o Roger Ferreira voltou ao PSB. Em 1987, entrou o José Carlos Sabóia, deputado federal pelo Maranhão.

O Partido foi crescendo, mas, em razão de manter uma posição rígida com relação a princípios partidários e à proposta política em oposição a ser uma legenda de aluguel, muitos não entraram. Depois que saí do Senado, fui eleito deputado federal e em seguida deputado estadual pelo Rio. Neste contexto político, concederam-me o título de presidente de Honra do Partido.

OS GENÉRICOS

Jamil Haddad: Eu era deputado federal quando o presidente Itamar Franco me chamou para ser Ministro da Saúde, em 1992. Em 1993, numa briga com os laboratórios, eu fiz um seminário, quando os medicamentos genéricos já eram uma realidade, e preparei um decreto que levei para o presidente Itamar, iniciando a produção de medicamentos genéricos no Brasil. Hoje, eles são uma realidade que propiciou a uma parte da população ter condições de comprar medicamentos por preços mais acessíveis. Como de filho bonito todo mundo quer ser o pai, em 1999 foi aprovada uma lei, que era praticamente uma regulamentação dos remédios genéricos, o então ministro da Saúde José Serra passou a dizer que ele era o autor da lei... Mas tudo bem: o que me interessa é a consciência de ter conseguido implantar o uso de medicamentos genéricos no Brasil, numa luta violenta contra os laboratórios multinacionais e, agora, ter a satisfação de ver que também eles – os grandes laboratórios – entraram na produção desse tipo de remédio. Foi um fato importante na minha vida política.

JOÃO MANGABEIRA

Jamil Haddad: O socialismo entrou na minha vida porque eu passei a admirar, na época, o João Mangabeira, que era uma figura excepcional. O irmão dele era um grande tribuno, mas os discursos eram vazios. João Mangabeira não era bom orador, mas era um político de visão, das grandes transformações necessárias ao Brasil. Se compararmos o programa do PSB de 1947 e com a realidade brasileira de hoje, perceberemos o acerto das propostas do PSB e veremos que muito pouco se fez neste país para implementá-las. Quando eu dou palestras, digo: uma das causas da violência nas megalópoles é não ter sido feita a reforma agrária naquela época. A falta de emprego fez com que as pessoas viessem para as grandes cidades e, quando arranjavam emprego, era ganhando muito mal, não tinham dinheiro para o transporte e iam morar numa favela perto do local de trabalho. Com o Estado fazendo muito pouco em termos sociais, aparece, assim, a criminalidade, chegando a um ponto que fica quase impossível resolver os problemas sociais. Estamos numa situação praticamente falimentar na área social, com filas intermináveis nos hospitais. Eu fui presidente do INCA (Instituto Nacional do Câncer) e pude ver o que é um hospital de excelência no País.

O PSB

Jamil Haddad: Eu era médico num consultório que atendia pacientes pobres e fiquei na ilusão de que com a entrada na política eu conseguiria melhorar a vida de um número maior de pessoas do que no atendimento médico isolado. Depois que você se engaja na política, dificilmente sai. Temos exemplos belíssimos: Barbosa Lima Sobrinho, Evandro Lins e Silva, Hermes Lima, Antônio Houaiss. Houve uma época em que diziam que o partido era formado por um grupo de intelectuais altamente politizados e com a visão do socialismo democrático. Isto é que fez com que eu entrasse no Partido Socialista Brasileiro. Se não fosse o exercício do meu mandato de senador, o apoio operacional do meu gabinete e o trabalho do Roberto Amaral na reorganização do Partido, não existiria o PSB. Houve um momento em que quase o PSB se inviabiliza. Foi quando o Fernando Henrique Cardoso quis tirar a liderança dos pequenos partidos. Tive um embate violento com ele, que recuou.

Eu entrei em 1953 para o PSB. A disputa eleitoral de cargos políticos começou em 1960. Fui três vezes deputado estadual, cassado no segundo mandato, fui deputado federal, senador constituinte como suplente de Saturnino Braga e do Adão Pereira Nunes. Ao todo, foram 19 anos de mandato e um ano de prefeitura, no Rio de Janeiro. Hoje, após 50 anos, o mundo todo evoluiu, na área tecnológica, mas em termos sociais não houve melhoria. Apesar de eu ter passado todo este tempo na política e ter deixado uma certa marca, pela coerência, sou muito pouco conhecido pela juventude. Mas, apesar de não ter chegado onde eu desejava, eu faria tudo novamente, esperando melhores resultados.

Eu me sinto satisfeito por achar que eu tomei o caminho que devia ter tomado. Apesar de algumas coisas que não concordo, o Partido ainda é uma realidade política de coerência, é um partido limpo, que merece o respeito dos brasileiros. E é uma opção democrática que, não tenha dúvida, com o passar dos anos, será vitoriosa no país.

O PRESIDENTE LULA

Jamil Haddad: A Frente Brasil Popular foi criada no Senado. Entre outros, participaram o João Amazonas, o Lula e eu. Participei de todas as campanhas do Lula. O fato de ele ter sido um trabalhador, com o passado que teve, favorece a que ele tenha uma cabeça mais voltada para melhorar a área social. A grande decepção foi o PT. Nós éramos chamados, naquela época, de social-democratas e considerados uma linha auxiliar do PT e, depois que eles chegaram ao governo, a realidade era um pouco diferente. Nós nos reorganizamos depois que o PT e o PDT já haviam se organizado e, apesar disso, fomos, lenta e progressivamente, crescendo.Justamente em razão da credibilidade que temos e de não termos aceitado ser uma sigla de aluguel.


Imprensa Portal do PSB - 4/9/2007
=====================================================================================

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MC Pelé (cantor)


José Guilherme Ferreira, mais conhecido como MC Pelé (Belo Horizonte, 7 de agosto de 1965 — Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2009) foi um cantor brasileiro de axé.

O cantor ficou conhecido nacionalmente pelo funk “Piriguete”, tema de uma personagem interpretada por Juliana Alves na novela Duas-Caras, e pelo axé “Namorar pelado”. MC Pelé trabalhava na barraca de praia Axé Moi, em Porto Seguro, Bahia. Outras músicas de sucesso do artista são: “Beija, beija, tá calor, tá calor”, “Dança do puxa-puxa”, “Um bêbado muito louco”, “Que coisa louca”, “Sou feio + tô na moda”, “I love sogra” e “Zumbizeira”.

MC Pelé faleceu devido um câncer de estômago.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Anselmo Duarte (ator, roteirista e cineasta)


Anselmo Duarte Bento (Salto, 21 de abril de 1920 — São Paulo, 7 de novembro de 2009) foi um ator, roteirista e cineasta brasileiro. Ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes em 1962 com O Pagador de Promessas, filme que também concorreu ao Oscar melhor filme estrangeiro. Também dirigiu outros clássicos do cinema nacional, como Absolutamente Certo e Vereda da Salvação, mas, devido a divergências ideológicas com a turma do Cinema Novo, sua carreira entrou em declínio.

Em 1979, fez uma participação especial na telenovela Feijão Maravilha.

Membro do júri Festival de Cannes em 1971, Duarte morreu devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral, o terceiro que o acometeu, em 7 de novembro de 2009.

Atuação no cinema
(a - ator; d – diretor; r – roteirista)

Brasa Adormecida (1987) .... Sampaio Barroso (a)
Tensão no Rio (1982) (a)
O Caçador de Esmeraldas (1979) (r)
Os Trombadinhas (1979) (d)
Embalos Alucinantes (1978) .... Filipe (a)
Paranóia (1977) .... Marcelo Riccelli (a)
O Crime do Zé Bigorna (1977) (d, r)
Já Não Se Faz Amor como Antigamente (1976) .... Atílio (a, d, r)
Ninguém Segura Essas Mulheres (1976) (a, d, r)
A Casa das Tentações (1975) (a)
A Noiva da Noite (1974) (a)
O Marginal (1974) (a)
O Descarte (1973) (d, r)
Independência ou Morte (1972) .... Gonçalves Ledo (a, r)
Um Certo Capitão Rodrigo (1971) (d, r)
O Impossível Acontece (1969) (d, r)
Quelé do Pajeú (1969) (d, r)
A Madona de Cedro (1968) .... Adriano Mourão (a)
Juventude e Ternura (1968) .... Estênio (a)
O Caso dos Irmãos Naves (1967) .... comissário (a)
A Espiã Que Entrou em Fria (1967) (a)
Vereda de Salvação (1964) (d, r)
O Pagador de Promessas (1962) (d, r)
As Pupilas do Senhor Reitor (1961) .... Daniel (a, r)
Un rayo de luz (1960) (a)
O Cantor e o Milionário (1958) .... Tito Lívio (a)
Absolutamente Certo (1957) .... Zé do Lino (d, r, a)
Arara Vermelha (1957) (a)
Depois Eu Conto (1956) .... Zé da Bomba (a, r)
O Diamante (1956) (a)
Carnaval em Marte (1955) .... Ricardo (a, r)
Sinfonia Carioca (1955) .... Ricardo (a)
Sinhá Moça (1953) .... Rodrigo (a)
Veneno (1952) .... Hugo (a)
Apassionata (1952) .... Pedro (a)
Tico-Tico no Fubá (1952) .... Zequinha de Abreu (a)
Amei um Bicheiro (1952) (r, não creditado)
Maior Que o Ódio (1951) (a)
Aviso aos Navegantes (1950) .... Alberto (a)
A Sombra da Outra (1950) (a)
Pinguinho de Gente (1949) .... Luís Antônio (a)
O Caçula do Barulho (1949) (a)
Carnaval no Fogo (1949) .... Ricardo (a, r)
Terra Violenta (1948) .... Carlos (a)
Inconfidência Mineira (1948) (a)
Querida Susana (1947) (a)
Não Me Digas Adeus (1947) (a)
[editar] Prêmios, indicações e homenagens
Foi homenageado com um Grande Centro de Educação e Cultura (CEC) em Salto, "Tributo a Anselmo Duarte" (2009).
Convidado especial Palma de Ouro do 50º Aniversário do Festival de Cannes, na França (1997).
O pagador de promessas ganha cinco prêmios internacionais, com destaque para a Palma de Ouro em Cannes, França (1962).
Melhor Ator, por Um pinguinho de gente, Prêmio "Revista A Cena Muda", Rio de Janeiro (1949).


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paulo Rafael de Oliveira Ramos (futebolista)



Paulo Rafael de Oliveira Ramos, mais conhecido Paulo Ramos (Goiânia, 30 de julho de 1985 — Inhumas, 1º de setembro de 2009), foi um futebolista brasileiro que atuava como meia.

Jogou pelo Vila Nova-GO, Grêmio e Juventude.


Carreira
Paulo Ramos começou sua carreira profissional no Vila Nova-GO, em 2005. Neste mesmo ano, após se destacar na Copa São Paulo de Futebol Júnior, foi trazido por empréstimo ao Grêmio, junto com o atacante Pedro Júnior, por 1 milhão de dólares.

Em 2005, Paulo Ramos foi reserva do time gaúcho na maior parte do tempo. Em 2006, o jogador chegou a ser titular da equipe, mas a condição não durou muito tempo.

No início de 2007, Paulo Ramos foi emprestado ao Juventude. Por este clube, foi vice-campeão do Campeonato Gaúcho. Na metade de 2007, ele teve seu empréstimo acabado e voltou para o Vila Nova-GO, onde jogou somente até março de 2008, por problemas de saúde.

Morte
No dia 1º de setembro de 2009, Paulo Ramos, afastado precocemente do futebol profissional por causa do agravamento de uma arritmia cardíaca, faleceu na noite de terça-feira justamente por causa de problemas no coração. Segundo o Diário da Manhã, de Goiânia, o meia de 24 anos participava de um jogo com amigos num campo particular em Inhumas, quando passou mal.

Paulo Ramos foi levado a um hospital, onde segundo os médicos chegou ainda com vida mas não resistiu. De acordo com o site do jornal, os médicos tentaram em vão reanimá-lo. Ele teve sua arritmia cardíaca descoberta no Grêmio em 2006 e passou a ter de fazer exames de três em três meses. No entanto, no fim de março de 2008, quando estava no Vila Nova, ele foi afastado devido ao agravamento de seu problema e não voltou mais a jogar profissionalmente.

Títulos
Vila Nova-GO
Campeonato Goiano: 2005
Grêmio
Campeonato Brasileiro - Série B: 2005
Campeonato Gaúcho: 2006


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.