terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Herbert Richers ( produtor de cinema )


Herbert Richers (Araraquara, São Paulo, 11 de março de 1923 — Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009) foi um produtor de cinema e empresário brasileiro. Radicado no Rio de Janeiro desde 1942, fundou oito anos mais tarde a empresa homônima Herbert Richers S.A, que começou no ramo de distribuição de filmes.

A empresa Herbert Richers foi uma das pioneiras da dublagem no Brasil. Hoje é uma das maiores empresas do ramo no país, com uma média de 150 horas de filmes dublados por mês, o que corresponde a 70% dos filmes veiculados nas salas de cinema. Possuì também os maiores estúdios de dublagem da América Latina com mais de 10 mil m².

Biografia
Herbert Richers nasceu na cidade paulista de Araraquara, em 1924. Em 1942 foi para o Rio de Janeiro, e passou a trabalhar no maior laboratório cinematográfico brasileiro, que pertencia a um tio, a Herbert Richers S.A. Ela foi fundada em 1950 e sua primeira produção foi um jornal cinematográfico, que em apenas seis conseguiu ser distribuído em 2000 cinemas do país.

Herbert Richers foi precursor de novas tendências, e ele possuiu a maior empresa de dublagem de filmes, séries e desenhos animados, que passam tanto em televisão, como em cinema. A dublagem, como a conhecemos hoje, foi introduzida no Brasil por Hebert Richers em 1960, com a ajuda da Walt Disney.Resolveram colocar vozes brasileiras nas produções estrangeiras e hoje são dubladas mais de 150 horas de filmes por mês,o que corresponde a setenta por cento da dublagem exibida nos cinemas

Herbert Richers formou sua empresa em 1950, mas as organizações Artísticas Herbert Richers foram fundadas em 1956. No começo era apenas para a produção de cine-jornais. Pouco tempo depois a empresa aderiu aos longas-metragens. Começou com a comédia:"Sai de Baixo", mas depois chegou a produzir oito filmes por ano, média superior a qualquer produtora da época. Organizou o departamento de dublagem, com representação exclusiva da MCA TV LTD, de Hollywood, proprietária dos estúdios Universal. Em 1988, a Herbert Richers entrou para o mercado de vídeos.

A Distribuidora Herbert Richers também tem o Departamento de Home Vídeo, que nos permite entrar em contato com a época de ouro do cinema, tanto internacional, como nacional, onde são encontrados filmes como:"Sai de Baixo","Com Jeito Vai". "Com Água na Boca"e inúmeros outros.

Também os Estúdios Herbert Richers lançaram nomes, que hoje são famosos, como :Costinha, Zé Trindade, Carequinha, Ankito,Grande Otelo, Ronald Golias, Renata Fronzi, Adelaide Chiozzo, Ivon Cury,Costinha e inúmeros outros. De lá também saíram filmes, como :"O Assalto ao Trem Pagador", Vidas Secas", Bonitinha, Mas Ordinária" e outros.

Apesar da trajetória gloriosa da empresa de Herbert Richers, um grande infortúnio abateu-se sobre ela. Foi quando um grande incêndio aconteceu em suas dependências, em 1942, no edifício Astória, onde se localizava a empresa. Por pouco até o filme premiado: Vidas Secas", sucumbe às chamas. Mas Herbert Richers resistiu e continuou em frente. Hoje o número de filmes dublados por seus estúdios são incontáveis, que passou a ser sua principal atividade.

E ele, ainda que bastante idoso, dedica-se ao trabalho diuturnamente,encantado com sua vida e com tudo o que faz.

Morreu no Rio de Janeiro, na Clínica São Vicente, na Gávea, em 20 de novembro de 2009, em consequência de um problema renal.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Morre Herbert Richers, pioneiro da dublagem, produtor de Vidas Secas

Hildegard Angel, JB Online

RIO – Morreu esta manhã, na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, depois de um ano de padecimento, com uma doença de rins, o produtor de cinema e grand seigneur Herbert Richers. Nascido em 1923 em Araraquara, interior de São Paulo, Herbert começou sua vida profissional no Rio, para onde se mudou em 1942 e, oito anos depois, fundou, na Usina da Tijuca, a empresa de distribuição de filmes Herbert Richers S. A., pioneira da dublagem no país, dona dos maiores estúdios de dublagem da América Latina, com mais de 10 mil m², maior empresa brasileira de dublagem de filmes, séries e desenhos animados, que passam tanto em televisão, como em cinema.

Herbert foi, durante longo tempo, o maior produtor de cinema do país. A Herbert Richers produzia, por ano, de três a oito filmes. Com 82 títulos realizados, ele se orgulhava de ter produzido filmes notáveis, como Vidas secas e O assalto ao trem pagador, créditos que muitas vezes não lhes eram dados ou lhes eram usurpados, e ele não escondia seu descontentamento com isso. O primeiro filme que Herbert produziu foi a comédia Sai de Baixo. Antes disso, foram os cine-jornais, que chegaram a ser vistos em 2.000 cinemas do país.

Sua amizade com Walt Disney possibilitou que ele introduzisse a dublagem no Brasil, em 1960, colocando vozes brasileiras nas produções estrangeiras. Quem é daquele tempo deve se lembrar o grande problema que eram as legendas dos filmes, quase ilegíveis para a tecnologia da época. Hoje, são dubladas em seus estúdios mais de 150 horas de filmes por mês, o que corresponde a 70% da dublagem exibida na TV.

Herbert, de quem os amigos se despedem hoje, em velório, das 14h às 17h., no Memorial do Carmo, Capela1, onde o corpo será cremado, lançou grandes nomes de nossa tela, como Costinha, Zé Trindade, Carequinha, Ankito, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Ronald Golias, Renata Fronzi. E teve sob contrato divas que iam de Tonia Carrero a Dircinha Batista.

Mais do que tudo isso, era um homem de agradável convívio social e bonita presença – um belo homem – sempre ao lado de sua Cookie, nos eventos sociais e esportivos, ambos adeptos do golfe e grandes companheiros.

Herbert conseguia transformar as relações profissionais em grandes amizades. Foi assim com Walt Disney, foi assim com a família Marinho e com muitos diretores da Rede Globo, de quem se tornou amigo fiel e presente.

Ele deixou três filhos, Herbert Jr., Ronaldo e Celina Maria, para quem transmitiu sua paixão pelo cinema, e todos trabalham na atividade. Já há um ano, desde o afastamento do pai por motivo de saúde, os três gerem os estúdios, que agora herdam.
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